Os últimos meses do ano reservam grandes desafios aos líderes de organizações. Nesse período, esses profissionais estão em busca de suas metas, em reflexão sobre o ano corrente e construindo o planejamento para o próximo ano.
Esta agenda requer organização e disciplina para o equilíbrio eficaz entre o ano corrente e o próximo ano. É importante que líderes e que colaboradores aprendam e busquem o aperfeiçoamento de suas atividades. O conhecimento é fator decisivo para o desenvolvimento das empresas modernas e precisa ser estimulado. Para isso, os líderes precisam aprender com as atividades de suas empresas e de outras organizações. Nos últimos anos, a democratização dos meios de comunicação e da tecnologia proporcionaram o surgimento e crescimento de muitas startups e novas empresas. Muitas dessas mudaram drasticamente a competição organizacional, e muitos mercados tradicionalmente controlados por grandes empresas foram impactados por novos modelos de negócio. Hoje, grandes organizações com orçamentos milionários competem com pequenas empresas que desafiam velhas práticas e que estão mais atrevidas do que nunca.
Muitos profissionais, no início das mudanças em seus mercados, negam a realidade e, posteriormente, enfrentam grandes dificuldades em competir com essas novas empresas. Essa situação, entre outros motivos, é causada pela capacidade e habilidade das empresas menores de construírem modelos de negócio inovadores. Normalmente, são empresas com grande velocidade na tomada de decisão, na inovação de produtos e serviços e nas respostas aos acontecimentos do mercado. O modelo de negócio com baixa burocracia e entraves dá suporte e condições para manter a velocidade em seus movimentos.
A inovação e a ruptura com as formas tradicionais de competir são estimuladas e são praticadas diariamente através de ambientes e políticas favoráveis ao desenvolvimento individual e participação coletiva. A energia coletiva transforma o ambiente, estimula a criatividade e a inovação para a solução de problemas com resultados surpreendentes. Dois outros aspectos chamam atenção em startups e empresas menores. O gerenciamento de informações com o uso da tecnologia, a valorização e o aprendizado com os erros cometidos. As startups, principalmente, praticam intensamente esses dois aspectos. Certamente, tais características não são exclusivas de empresas menores ou de startups. Por outro lado, tais qualidades fazem parte do DNA de muitas empresas de sucesso.
Segundo o autor David Garvin, um jovem gerente, depois de perder 10 milhões de dólares em algum empreendimento arriscado na IBM, foi chamado ao gabinete de Thomas Watson, fundador da organização. Completamente desesperado, o jovem começou afirmando: “acho que o senhor quer que eu peça demissão”. Watson respondeu: “você não está falando sério. Acabamos de gastar 10 milhões com a sua educação”. Talvez um exemplo extremo, mas David Garvin, o autor, destaca o fracasso produtivo quando ele induz a novas ideias e conhecimentos, agregando algo à sabedoria predominante da organização.
Novas empresas surgem para superar novos desafios e provocar mudanças em nossa sociedade. Sua empresa, atualmente, estabelecida não pode ficar na zona de conforto. Deve aprender com as suas atividades, mas, também, com as histórias de outras organizações.